Esfrego-me em minha própria cara um sofrimento cretino por uma paixãozinha borra-botas. Não chamaria de dor esse incomodo ciuminho que vem chegando a cada manifestação de felicidade tua além de mim. Seria injusto com o que já sofri. É uma cosquinha ruim, de certo, que até me faz rir enquanto juro para mim mesma que nunca mais passarei pela porta da tua casa por-nada. Sei que vou me trair. Pirraça de te ter por perto na hora do almoço, ou tão perto quanto um abraço de olhos, uma ousadia ou os últimos segundos de uma promessa qualquer de nunca mais. Por isso mesmo que até gosto um pouco de sentir esse ciúme nem-tão-ciúme-assim ( menos amarelo, mais abóbora), porque, é apenas dentro dele, só dele , que me sinto mais só dentro de você.
quarta-feira, novembro 25, 2009
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