Ouvi todos meus lamentos ao pé de meu próprio ouvido para chegar a conclusão de que não devo mais conservar distâncias. Não se vive só de ilusões e memórias confusas do mesmo modo que cantei mentalmente “além do que se vê” e as pessoas do metrô não bateram palmas juntas na hora do “toma o teu/ voa mais/ que a banda diz/ assim é que se faz.” Continuaram paradas dentro de si e de seu pedaço de dia. Eu também, só que sem rumo. Tudo de verdade me fazia questionar o pouco. Como pode? – um- peixe- vivo- viver- fora- de- água- fria. Viver de ônibus, pão e conversas sobre o clima é um saco. E pouco. Muito pouco. Mas ainda mais íntimo do que qualquer sonho meu.
quarta-feira, novembro 25, 2009
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