eu tenho(,) amor. guardadinho em um canto, ào
poema de sete chaves, junto aos desejos de rebobinar, rever e
avançar. porque no resto do espaço de dentro, a gente vê as vantagens de gravar
por cima do tudo que não interessa mais. assim, de leve, devagarzinho, sem a
sua impaciência sobre as tecnologias antigas.
pega aquela sony ali ,ó, põe o foco a nossa roupa
limpa passada e dobrada dentro da gaveta dos meus documentos achados. aperta o
rec e o play ao mesmo tempo e. enquanto bebo o mesmo mate de novo rótulo,
transformo o a-gente em blu-ray.
3 comentários:
Oi Luciana!
Não sei se tô viajando, mas nunca pensei que o VHS poderia dizer tanto sobre como mudaram as relações das pessoas com suas lembranças.
Uma coisa que eu adorava no bom e velho VHS era que sabia não só tudo o que tinha nele, mas onde estava a música preferida de um show, a parte mais interessante do filme, o momento mais engraçado da festa. Era isso, como você disse, que dava o prazer de rebobinar, avançar e voltar.
E, como você frisou, era ótimo também poder gravar exatamente em cima do que queríamos deixar pra trás. Se na vida pudéssemos fazer isso sempre... Já pensou?
Claro que as mídias modernas são muito mais práticas e de qualidade bem superior. Mas, pelo espaço ser menor, guardava-se no VHS só o que era importante, o que as pessoas gostariam de rever, e efetivamente reviam.
É impressionante como, hoje em dia, vira e mexe tomo sustos com as coisas inúteis que descubro "guardadas" em um simples pen drive de 1 gb. Dá pra imaginar em um cd ou em um dvd. Isto sem falar no quanto essas mídias são inseguras. Um simples arranhão e vai tudo pro espaço! Mais uma vez, assim como na vida moderna, onde pequenas coisas, muitas vezes, jogam por terra anos de uma boa amizade, por exemplo.
Enfim, ótimo texto. Parabéns!
Luciana,
achei sua identidade no rock in rio.
mandei várias msg via facebook mas você não visualizou ainda.!!
Postar um comentário