quinta-feira, julho 11, 2013

riscando o tempo, canteiros de obras

na calçada debaixo daquele apartamento do nosso usuoe abusocapião, você se surpreende com a placa orgulhosa da locadora: temos VHS! ‘quem ainda tem um vídeo hoje em dia?'
eu tenho(,) amor. guardadinho em um canto, ào poema de sete chaves,  junto aos desejos  de rebobinar, rever e avançar. porque no resto do espaço de dentro, a gente vê as vantagens de gravar por cima do tudo que não interessa mais. assim, de leve, devagarzinho, sem a sua impaciência sobre as tecnologias antigas. 
pega aquela sony ali ,ó, põe o foco a nossa roupa limpa passada e dobrada dentro da gaveta dos meus documentos achados. aperta o rec e o play ao mesmo tempo e. enquanto bebo o mesmo mate de novo rótulo, transformo o a-gente em blu-ray.    

segunda-feira, julho 01, 2013

entre wasabi e pastinha de azeitona verde

.sabe o que é?! é que. Não, você não sabe. Você não sabe que eu acabei assinando um contrato com meus planos homeopáticos de semana passada. Desculpa, mas eu li algumas cláusulas contra a sua instabilidade esperta que sonhava em nos mastigar como algodão doce. Tinha alguma coisa também sobre as suas recuadas fragmentadas, minhas investidas de cisma com cara de despretensão (tipo omeuolhardeindiferençaquandoumex-bbbperguntousequeriaquesegurasseabolsano415) ah, vou assinar ‘samerda logo.

e era até hoje, primeirodejulho, não posso adiar, só até hoje que permitiria te dar atenção em alguns minutos do meu dia e tentar encontrar, na desordem do meu armário embutido, onde foi mesmo que você mexeu? Droga (!), o post-it amarelo-marca-texto colado  na tela do meu computador do jornal: só até hoje 
para alimentar a curiosidade,
para evitar os (D)domingos no (P)parque,
para pescar os desejos submersos na metade cheia de um copo com sonridor caf,
        pára! E diz.

dispara, discurso, disposto, disse-me-disse, em sequência do silêncio imperativo, você desaparece e volta como se nada tivesse acontecido, no seu ritmo dislexo. mas, quer saber?! hora de me despedir (e nunca mais jogar imagem e ação)

segunda-feira, maio 06, 2013

não adianta, Luiz.

correr com os pés descalços sem pensar que. a manhã seguinte acaba com um frasco inteirinho de rinosoro. conta-gotas desgastados pelo quê não tem mais. no telefone, a venancio. oi, eu gostaria de:  redoxon , vick e  um saco daqueles lencinhos preenchidos de pró-lixo.  mil formas de tentar respirar como antes.  isso passa, vai. e muitas passarão. outros tantos passarinho.
mas é a sinusite que pega mais. a parede  perto da cama ainda tem uma infiltração indomável mesmo depois das oito mãos de tinta em menos de oito anos. e essa mania de deitar cedo nos dias que pedem  pensamentos de antes de dormir?! ô.  dor de cabeça, respira pela boca que alivia, (espaço).
sei lá, no fundo, a gente acostuma. 

a gente  acostuma a evitar pôr os pés nus sobre o chão,  não abrir a geladeira depois de um banho quente, desviar dos golpes de ar.  a gente acostuma a respirar menos do que antes e mesmo assim cede. até alguém espirrar num ônibus todo fechado em dia de chuva, a gente olha, já era.  às tentativas de fim saudável, malz-aê.

(no mais, o vírus da digressão:  tinha pensado em não falar de relacionamentos, mas o meu irmão achou meio nada-a-ver)

sexta-feira, maio 03, 2013

a.teu.

entre cismas de madrugada e au(l)toconvite, o escuro. até dá para cochilar, sonhar, despertar com o barulho solitário de um ônibus da linha noturna, mas. tv: nem a reprise de will and grace me seduz com o afeto de um tempo atrás. de um lado pro outro, no pensamento, carneirinhos (tra)vestidos de. Vontade de ir ao encontro da vontade que vai passar nessa avenida, o samba pooo-puuuu-lar.  e o (pre)contexto construindo a necessidade de dormir. Ma(i)s. ah, foda-se. chave? ali, pronto, vai.

na rua, um taxi? O cara estranho do outro lado da Pereira Nunes, estuprador, (será?). Ou estranho, só. reflexo do meu excesso de cautela. seria a hora de voltar e aceitar com classe a síndrome-de-quase que come pelas beiradas? 

um taxi, opa, mas não é de companhia. ah, foda-se!. Moço, é logo ali, é perto, eu sei, desculpa, mas nem é tão seguro andar por aí assim. R$ 4,30 para começar, até. desço, corro, porra,-graças-a-deus! oi, onde fica o kinder bueno, por favor? R$4,50. terceiro foda-se do dia pode pedir música no fantástico. 
(e mais um item na vasta lista de desejos-imediatos com o preço da ocasião).