sábado, julho 03, 2010

Polaróides ("me desculpe a pressa, mas a madrugada me chamou")


Varo a madrugada com os olhos passados sobre um livro mal lido. Pensamentos malditos - que não digo nem-sob-tor-tu-ra – passeiam pelas palavras escritas na busca de sublinharem e se apegarem a outro termo que não talvez. Talvez, só nos resta. Talvez. Talvez eu não caiba no teu mundo, e agora? Só nos restam os lamentos. Pela solidão de um mundo próprio, de cada, que não se enquadra em nada além de nós e nossas bases de talvez. Talvezes. Tais muitas vezes: eu, talvez; tu, talvez; ele, talvez; ela, talvez; nós, talvez; vós, talvez; eles, talvez; elas, talvez. Inflexíveis rumos.

Não adianta, vai, as palavras me torturam, tua imagem me tortura, bem a la ditadura. Dita: dura. Dê, ú, erre, á. Escreve, e nada muda, eu sempre acabo por revelar tudo instantaneamente. E me rever lá. Opa, quem? como? onde? quando? Coronel Mostarda, na sala de jogos, com a corda Quando... varo a madrugada com os olhos passados sobre um livro em que nem sequer sei definir direito o que nele está escrito...


(baixinho, em gradação progressiva de som: #nowplaying – polaróides, na voz da bellô veloso)

3 comentários:

Anônimo disse...

nem-sob-tortura? hahahaha.. vou ficar com meus achismos aqui então.
adoro o jogo de palavras q vc faz, maline! =) parabens! bjs

Anônimo disse...

sensacional!!!
queria ter aprendido redação cntg...
pera aí...eu aprendi !! =]

lumarj disse...

lu, nao sabia que vc era tao boa escrevendo, nossa, que pensamentos lindos, meus parabens. prima lucia mesquita