na frente do computador, o potinho mistura os pedaços pretos, brancos, a ansiedade e uma saudadinha de escrever com mais frequência.
a vida anda muito bem, obrigada!, e as nuvens descarregadas
o suficiente para. Ok, vai, pode revisitar o passado do blog abandonado sem susto e contabilizar os checks sobre o que já foi: atração vaga sem sentido na maturidade; sorrisos claros; histórias emprestadas; um
jeitinho de gritar para quem só soube ouvir (e talvez entender) um tempo depois (um, dois, três,
quatros textos e uma história que ficou bonita); trechos elípticos que ninguém gostou; comentários anônimos; os erros de trajeto e português; pequenas declarações para afetos, olhos, olhares; uma paixonite que acabou ganhando um carinho grato, alguns affs! e a cara de quem tá multiplicando
mentalmente 78.693 por 29; um affairzinho que ficou no rascunho; o registro do maior amor quando-em
tempos de cólera de quem retomou a sua boa-velha-e-(e)terna (a)feição.
o potinho que olha de soslaio preenchidos fragmentos pretos e
brancos. misturados entre si às memórias do computador ou das salas de terapia que não foram publicadas; passas, o
que passa, a culpa, ao deleite, meio amargo, o prazer e o quase fim do que é pra sempre. ufa, deu o seu certo!
e tudo ficou ali, protegido no
canto da geladeira para evitar a tentação de engolir sem mastigar qualquer pedaço que seja; seja melhor, seja qualquer-coisa, seja indefinido, seja não-tão-bom. seja sabores de cada parte do que é tão meu. aqui, ali, acolá ou no escondido onde o coelhinho não visita mais.