correr com os pés descalços sem pensar que. a manhã seguinte acaba com um frasco inteirinho de rinosoro.
conta-gotas desgastados pelo quê não tem
mais. no telefone, a venancio. oi, eu
gostaria de: redoxon , vick e um saco daqueles lencinhos preenchidos
de pró-lixo. mil formas de tentar
respirar como antes. isso passa, vai. e
muitas passarão. outros tantos passarinho.
mas é a sinusite que pega mais. a parede perto da cama ainda tem uma infiltração indomável
mesmo depois das oito mãos de tinta em menos de oito anos. e essa mania de deitar cedo nos dias que pedem pensamentos de antes de dormir?! ô. dor de cabeça, respira pela boca que alivia, (espaço).
sei lá, no fundo, a gente acostuma.
a gente acostuma a evitar pôr os pés nus sobre o chão, não abrir a geladeira depois de um banho quente, desviar dos golpes de ar. a gente acostuma a respirar menos do que antes e mesmo assim cede. até alguém espirrar num ônibus todo fechado em dia de chuva, a gente olha, já era. às tentativas de fim saudável, malz-aê.
(no mais, o vírus da digressão: tinha pensado em não falar de
relacionamentos, mas o meu irmão achou meio nada-a-ver)