sábado, abril 13, 2013

tava só pensando, de repente...

olhos quase deitados e a escolha pelos mesmíssimos e metódicos passos de sempre. seguir na parte branca, desviar as pretas e rebolar os desafios em cima das pedras portuguesas de uma rua desimportante de Botafogo. delas: conto 133 brancas. 74 pretas. e penso com em quantas vezes você não deve ter cometido o mesmo “putz,-pegou-mal” como fez comigo há pouco. acredito, 207, só para não admitir a inutilidade dos números novos que construí.  

na conta, 7+3-vai-um, me desequilibro um pouquinho, no calor do drama social, pareço encostar no chão; joelho na parte branca, orgulho ralado sobre o lado do piso proibido, dor de cotovelo exposto na fatia do que só se conta em sala terapia. tudo para proteger essa histórinha trivial  na palma da minha mão. 

(e-o-porteiro-do-prédio-em-frente-manda-uma-piadinha-parecida-com-as-do-meu-pai-“mesmo-de-verde-caiu-de-madura”-e-me-lembra-que-eu-sou-a-única-parte-colorida-daquele-cenário).

penso nas ondas de Copa, nas cifras do Noel da 28 de setembro, em otras cositas más. e isso aqui parece construir algum sentiRdo? fico com sede, um Rei do Mate logo ali na esquina é suficiente para me fazer abandonar a memória recente. ah, quer saber(?!), melhor atravessar pelo concreto mesmo e esperar o 433, que me deixa mais perto de casa.