olhos quase deitados e a escolha
pelos mesmíssimos e metódicos passos de sempre. seguir na parte branca, desviar
as pretas e rebolar os desafios em cima das pedras portuguesas de uma rua
desimportante de Botafogo. delas: conto 133 brancas. 74 pretas. e penso com em
quantas vezes você não deve ter cometido o mesmo “putz,-pegou-mal” como fez
comigo há pouco. acredito, 207, só para não admitir a inutilidade dos números
novos que construí.
na conta, 7+3-vai-um, me
desequilibro um pouquinho, no calor do drama social, pareço encostar
no chão; joelho na parte branca, orgulho ralado sobre o lado do piso proibido, dor
de cotovelo exposto na fatia do que só se conta em sala terapia. tudo para proteger
essa histórinha trivial na palma
da minha mão.
(e-o-porteiro-do-prédio-em-frente-manda-uma-piadinha-parecida-com-as-do-meu-pai-“mesmo-de-verde-caiu-de-madura”-e-me-lembra-que-eu-sou-a-única-parte-colorida-daquele-cenário).
penso nas ondas de Copa, nas cifras
do Noel da 28 de setembro, em otras cositas más. e isso aqui parece construir algum sentiRdo? fico com sede, um Rei do Mate logo ali na esquina é suficiente para me
fazer abandonar a memória recente. ah, quer saber(?!), melhor atravessar pelo
concreto mesmo e esperar o 433, que me
deixa mais perto de casa.